Em meio à pandemia do novo coronavírus, ao menos uma boa notícia para a economia vem de Júlio de Castilhos. A Cooperativa Regional Sananduva de Carnes e Derivados, da cidade de Sananduva, confirmou que foi feito ontem o primeiro teste de abates no frigorífico da Cooperativa Regional de Carnes e Derivados, de Júlio de Castilhos, que estava desativado há um bom tempo. Nesse primeiro dia, foram abatidos 300 porcos, mas a previsão é que, a partir da semana que vem, seja feito o abate diário de 600 suínos.
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Para isso, já foram contratados 220 trabalhadores. Segundo o presidente da cooperativa de Sananduva, Egidio Loregian, foi feita uma parceria com a empresa Castilhos Indústria e Comércio de Carnes, que assumiu a planta em Júlio de Castilhos e os abates - um dos donos dessa empresa é de Lajeado. Toda a produção será entregue para a cooperativa de Sananduva, que fabrica produtos como salames e copas da marca Majestade e vende também carne de porco in natura para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro - ela tem mais de 80 anos de atividade. A intenção é passar a exportar a produção de Júlio de Castilhos para Hong Kong a partir do final de novembro.
- O momento é favorável à carne suína, porque as grandes empresas estão exportando mais e está abrindo oportunidades aqui no Brasil e também no mercado externo. Está faltando carne de gado, e mais gente procura o suíno. Claro que há o problema dos custos, como soja e milho, que subiram 60%, mas isso não foi tudo repassado ao preço da carne suína ao consumidor, que aumentou 30%. Aproveitamos que a planta de Júlio de Castilhos estava pronta para retomar e que há muita mão de obra qualificada e fizemos essa parceria. Nossos planos são ampliar a produção para 1,2 mil abates diários em 2021 e, se isso ocorrer, devem ser gerados mais uns 120 empregos em Júlio - diz Loregian.
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Os porcos abatidos em Júlio vêm de 150 produtores de Sananduva, no Nordeste gaúcho. Segundo ele, os planos futuros são tentar fazer parcerias com produtores de Júlio e região para que criem porcos mais perto do abatedouro, o que poderá gerar mais renda na Região Central.
Tomara que, desta vez, o Castilhense não pare mais.